15 novembro 2014

Manoel de Barros

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“E vi as borboletas. E
meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam
o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no
corpo. (Essa engenharia de
Deus!) E vi que elas
podem pousar nas
flores e nas pedras sem magoar
as próprias asas. E vi que o Homem não tem
soberania nem pra ser um bentevi.


 
Manoel Barros

14 novembro 2014

Manoel Barros


Manoel Barros

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Quero

       a

          palavra

       que

                 sirva

        na

                    boca

         dos

                     Passarinhos.

 

               Manoel Barros

01 novembro 2014

Metamorfose







Use links below to save image.“A mulher pode ser crisálida e borboleta. Seja crisálida durante o dia e borboleta à noite.”


Coco Chanel



22 outubro 2014

Antoine de Saint-Exupéry







"Em cada um de nós há um segredo,

uma paisagem interior com planícies invioláveis,

vales de silêncio e paraísos secretos."

 
Antoine de Saint-Exupéry



14 setembro 2014

A Pipa e a Flor – Rubens Alves




A história começa com algumas considerações de um
personagem que deduzimos ser um velho sábio.
Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e afirma que é triste vê-las assim,
porque as pipas foram feitas para voar.
Acrescenta que as pessoas também precisam ter
uma pipa solta dentro delas para serem boas.
Mas aponta um fator contraditório: para voar, a pipa tem que estar presa numa linha e a outra ponta da linha
precisa estar segura na mão de alguém.
Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa pudesse
voar mais alto, mas não é assim que acontece.
Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.
Em seguida, ele narra a história de um menino que
confeccionou uma pipa.
Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso.
Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente.
A pipa também se sentia feliz e, lá do alto,
observava a paisagem e se divertia com as
outras pipas que também voavam.
Um dia, durante o seu voo, a pipa viu lá embaixo uma
flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque
ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado. Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!
A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava
para flor tudo o que vira. Acontece que a flor começou a
ficar com inveja e ciúme da pipa. Invejar é ficar infeliz
com as coisas que os outros têm e nós não temos;
ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro
quando a gente não está perto. A flor, por causa desses
dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse
mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim... Quando a pipa voltava de seu voo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo. A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só podia mesmo sobrevoar a flor.
Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou
e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.
Há três finais possíveis para ela:

1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.

2 - A,
pipa mesmo triste com a atitude da flor decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.

3 - A
flor, na verdade, era um ser encantado.
O encantamento quebraria no dia em que ela visse a
felicidade da
pipa e não sentisse inveja nem ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de
sol e a flor se transformou numa linda Borboleta e as duas voaram juntas.

 


 

26 junho 2014

Florbela Espanca - Caravelas




Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar-Morto,
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram.

Caravelas doiradas a bailar...
Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...

Florbela Espanca
(in "Livro de Sóror Saudade")

09 fevereiro 2014

William Shakespeare





dEm

      certos

            momentos,

                         os

                          homens E

                                 são

                                    donos

                                         dos

                                           seus

                                             próprios

                                            Edestinos. c