Há vozes dentro da noite que clamam
por mim,
Há vozes nas fontes que gritam meu nome. Minha alma distende seus ouvidos E minha memória desce aos abismos escuros Procurando quem chama. Há vozes que correm nos ventos clamando por mim. Há vozes debaixo das pedras que gemem meu nome E eu olho para as árvores tranquilas E para as montanhas impassíveis Procurando quem chama. Há vozes na boca das rosas cantando meu nome E as ondas batem nas praias Deixando exaustas um grito por mim E meus olhos caem na lembrança do paraíso Para saber quem chama. Há vozes nos corpos sem vida, Há vozes no meu caminhar, Há vozes no sono de meus filhos E meu pensamento como um relâmpago risca O limite da minha existência Na ânsia de saber quem grita.
Adalgisa Nery
Boa noite!
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30 agosto 2012
Adalgisa Nery - Mistério
29 agosto 2012
Ðiana® - Amizade para mim é...
Amizade
para mim é...
Um
sentimento
que
o tempo não apaga,
que
a distância não separa,
que
a maldade não destrói.
É
um sentimento que vem de longe,
que
ganha lugar em nosso coração
e
que não é substituído por nada.
É
um sentimento presente,
mesmo
quando está longe...
Que
vem para o seu lado
de
mansinho e não
te
deixa sozinho.
Amizade
não é coisa de um dia,
são
atos, palavras e atitudes
que
se solidificam no tempo
e
nunca mais se apagam.
E
ficam para sempre como tudo
que
é feito com o coração.
Nem
sempre fazemos tudo certo, nem
sempre
conseguimos expressar palavras ou
sentimentos
dos quais possam confortar ou magoar.
Mais
eu creio que sempre escolhemos as
pessoas
que queremos que permaneçam
em
nossas vidas, e em nossos corações.
Boa noite!
28 agosto 2012
21 agosto 2012
Albert Camus
“Não
caminhe na minha frente; eu não posso segui-lo. Não caminhe atrás de mim; eu não posso conduzi-lo. Apenas caminhe a meu lado e seja
meu amigo."
"(Albert Camus)
Boa noite!
17 agosto 2012
Miguel Torga - Livro de horas
Aqui,
diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.
Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.
Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.
Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!
Miguel Torga
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.
Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.
Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.
Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!
Miguel Torga
16 agosto 2012
Maria Lúcia Dal Farra – Lírica Até
Tu não tinhas este rosto
nem esta febre contagiosa
capaz de dor.
Nem caminhava nos teus olhos
essa linha que costura
não sei que roupas.
Não havia em ti nenhum tempo de asas
observando,
nem este gosto cinza
na maneira das palavras.
Não tinha estranha sapiência
capaz de assustar os gestos
mais recentes.
Tu não tinhas esta postura
com uma flor morta
do lado de cá.
Maria Lúcia Dal Farra
15 agosto 2012
14 agosto 2012
13 agosto 2012
Oliver Wendell Holmes
O
que reside atrás de nós
e o que reside à nossa frente
são de minúscula importância
comparados ao que reside
dentro de nós.
Oliver Wendell Holmes
e o que reside à nossa frente
são de minúscula importância
comparados ao que reside
dentro de nós.
Oliver Wendell Holmes
11 agosto 2012
10 agosto 2012
Machado de Assis
Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das
nuvens que de um terceiro andar.
Machado de Assis
Boa noite!
09 agosto 2012
Carlos Drummond de Andrade - Permanência
Agora me lembra um,
antes me lembrava outro.
Dia virá em que nenhum será lembrado.
Então no mesmo esquecimento se fundirão.
Mais uma vez a carne unida, e as bodas
cumprindo-se em si mesmas, como ontem e sempre.
Pois eterno é o amor que une e separa, e eterno o fim
(já começara, antes de ser), e somos eternos,
frágeis, nebulosos, tartamudos, frustrados: eternos.
E o esquecimento ainda é memória, e lagoas de sono
selam em seu negrume o que amamos e fomos um dia,
ou nunca fomos, e contudo arde em nós
à maneira da chama que dorme nos paus de lenha jogados no galpão.
Carlos Drummond de Andrade
Então no mesmo esquecimento se fundirão.
Mais uma vez a carne unida, e as bodas
cumprindo-se em si mesmas, como ontem e sempre.
Pois eterno é o amor que une e separa, e eterno o fim
(já começara, antes de ser), e somos eternos,
frágeis, nebulosos, tartamudos, frustrados: eternos.
E o esquecimento ainda é memória, e lagoas de sono
selam em seu negrume o que amamos e fomos um dia,
ou nunca fomos, e contudo arde em nós
à maneira da chama que dorme nos paus de lenha jogados no galpão.
Carlos Drummond de Andrade
Boa noite!
08 agosto 2012
FERNANDO PESSOA
Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei:
[Pouco
me importa.
(24/10/1917)*
Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa)
* A considerar essa data,
seria um poema póstumo, uma vez que Caeiro morreu em 1915.
Boa noite!
07 agosto 2012
05 agosto 2012
Chris Cleave
"...faça
o favor de concordar comigo que uma cicatriz nunca é feia. Isto é o que aqueles
que produzem as cicatrizes querem que pensemos. Mas você e eu temos que fazer
um acordo e desafia-los. Temos que ver todas as cicatrizes como algo belo.
Combinado? Este vai ser o nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz
não se forma num morto. Uma
cicatriz significa: "Eu
sobrevivi".
(Extraído do livro "Pequena
Abelha" de Chris Cleave)
Boa noite!
03 agosto 2012
02 agosto 2012
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